Luzes apagadas e encontro com o seu Silêncio
Ideias infantis vagando pela angustia do Nada.
Alguns calafrios assaltam a inocente criatura
Que tomou consciência da sua finitude fadada.
Dogmas e códigos vãos que não lhe penetram
Enxurrada de convenções sem íntima relação.
A criança sabe dos seus pais no quarto ao lado
Mas nega o seguro e busca o Autor da Criação.
Algumas vagas percepções e intuições remotas
Ela perscruta os vestígios incertos da memória.
E sua psiquê sem o decalque pleno da realidade
Concede-lhe os déjá vus de sua curta trajetória.
O medo da morte gera pavor a essa pobre alma
A faz ver o mundo sob a égide do bem e do mal.
E sem conhecer a Igreja e sequer ler uma bíblia
Ela abstrai do seu âmago a mais genuína Moral.
As convenções e conveniências a farão titubear
Ao ponto de transformá-la em um cético sisudo.
Ao ponto de transformá-la em um cético sisudo.
Mas uma esperança de raízes profundas surgirá
Qual uma fé interna que do Nada logrou o Tudo.
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