quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Do Nada ao Tudo

Luzes apagadas e encontro com o seu Silêncio
Ideias infantis vagando pela angustia do Nada.
 Alguns calafrios  assaltam a  inocente criatura 
Que tomou consciência da sua finitude fadada.

Dogmas e códigos  vãos que não lhe penetram 
Enxurrada de convenções  sem íntima relação.
 A criança sabe dos seus pais no quarto ao lado 
Mas nega o seguro e busca o Autor da Criação.

Algumas vagas percepções e intuições remotas 
Ela perscruta os vestígios  incertos da memória.
E sua psiquê sem o decalque pleno da realidade
Concede-lhe os déjá vus de sua curta trajetória.

O medo da morte gera pavor a essa pobre alma
A faz ver o mundo sob a égide do bem e do mal.
E sem conhecer a Igreja e sequer ler  uma bíblia
Ela abstrai do seu âmago a mais genuína Moral.

As convenções e conveniências a farão titubear
Ao ponto de transformá-la em um cético sisudo.
Mas uma esperança de raízes profundas surgirá
 Qual uma fé interna que do Nada logrou o Tudo.

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