A olho nu vejo a procissão humana pelos séculos
Viajando pelo tempo no carro alegórico da história
No anti-horário notei o Eterno Retorno pela janela
Homo sapiens, homens, sapos, deuses e príncipes
(oh, mais do mesmo!)
Economizo cantando só meias palavras à meia noite
O samba de uma nota que Saci pula com uma perna
Ele não está na contramão pois é apenas o buscapé
Todavia toda a vida jamais possuirá o pé da situação
O arranha céu não faz cócegas no Cordeiro Celeste
Que com a sua lã de aço usa todo o poder do Verbo
E qual um alto falante num ultrassom com porta-voz
Deixando o criado mudo sem beber chá de cadeira
A Idade das Trevas foi desprovida de seus anos-luz
Tal qual no Mar Morto não se encontra a água viva
É culpa do mão leve que guarda chuva e cata vento
Traindo sua abelha rainha para roubar a lua de mel
O quero-quero deseja somente um lero-lero retórico
Pois é o sofista nas micro-ondas do mar de palavras
Dir-se-ia o boca do inferno com a língua nos dentes
A ver duma lente (ca)ótica o caos do cão que criou
A ver duma lente (ca)ótica o caos do cão que criou
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