quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Quero-Quero um Lero-Lero

A olho nu vejo a  procissão  humana  pelos séculos
Viajando  pelo tempo no  carro alegórico da história
No anti-horário  notei o Eterno  Retorno pela janela
Homo sapiens, homens, sapos, deuses e príncipes 
                                               (oh, mais do mesmo!)

 Economizo cantando só meias palavras à meia noite
O samba de uma nota que Saci pula com uma perna
Ele não está na contramão pois é apenas o buscapé
Todavia toda a vida jamais possuirá o pé da situação

O arranha céu não faz cócegas no Cordeiro Celeste
Que com a sua lã de aço usa todo o poder do Verbo
 E qual um alto falante num  ultrassom com porta-voz
Deixando o criado mudo  sem beber chá de cadeira
                                                     
A Idade das Trevas foi desprovida de seus anos-luz
 Tal qual no Mar Morto  não se encontra a água viva 
É culpa do mão leve que guarda chuva e cata vento
Traindo sua abelha rainha  para roubar a lua de mel

  O quero-quero deseja somente um lero-lero retórico
  Pois é o sofista nas micro-ondas do mar de palavras
  Dir-se-ia o boca do inferno com a língua nos dentes
  A ver duma lente (ca)ótica  o caos do cão que criou

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